Qual é a origem da inteligência artificial?

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Da filosofia à tecnologia: IA evoluiu para transformar trabalho, arte e sociedade. Descubra mais sobre sua história!

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Mulher pensativa diante de notebook com caderno aberto sobre a mesa.
Mulher pensativa diante de notebook com caderno aberto sobre a mesa.

Qual é a origem da inteligência artificial?

A história da inteligência artificial (IA) não começa com computadores, mas com a própria curiosidade humana em tentar entender, e imitar a mente.

Em 1943, Warren McCulloch e Walter Pitts publicaram o artigo “A Logical Calculus of Ideas Immanent in Nervous Activity”, onde propuseram o primeiro modelo computacional de redes  neurais artificiais. Era uma forma simplificada de representar como neurônios poderiam se         conectar e transmitir sinais.

O termo “inteligência artificial”, no entanto, só apareceria mais de uma década depois, em 1956, cunhado por John McCarthy durante a conferência de Dartmouth. Esse encontro é frequentemente lembrado como o “ato de fundação” da IA.

Apesar disso, a ideia de máquinas capazes de pensar antecede os computadores: filósofos, matemáticos e engenheiros já especulavam sobre autômatos e mecanismos que imitavam a inteligência humana.

Um pouco da história da inteligência artificial

O trabalho de McCulloch e Pitts é um marco porque traduz pela primeira vez o funcionamento do cérebro em equações lógicas, algo que abriu espaço para pesquisas futuras em redes  neurais.

Mas a origem intelectual da IA é ainda mais antiga. Em 1748, o filósofo e médico francês Julien Offray de La Mettrie publicou “O homem-máquina”, defendendo que o ser humano poderia ser entendido como um sistema mecânico, regido por leis físicas e biológicas.

Durante os séculos seguintes, surgiram autômatos — bonecos mecânicos capazes de escrever, tocar instrumentos ou simular movimentos humanos. Esses engenhos mostravam que a ideia de uma “máquina inteligente” já fascinava cientistas e inventores muito antes da era digital.

O papel de Alan Turing

Alan Turing foi decisivo para transformar especulações filosóficas em ciência aplicada.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ele liderou a equipe que criou a Bombe, máquina usada para decifrar os códigos da máquina Enigma, utilizada pelos nazistas. Esse feito não apenas ajudou os Aliados a vencer a guerra, mas também mostrou o potencial de máquinas em resolver problemas complexos.

Em 1950, Turing propôs o Teste de Turing, um experimento mental para avaliar se uma máquina pode demonstrar comportamento indistinguível do humano em uma conversa. Sua pergunta central — “as máquinas podem pensar?” — permanece como um fio condutor nos debates sobre IA até hoje.

Embora o teste só tenha sido superado formalmente em 2014, sua ideia abriu espaço para medir não apenas cálculos, mas também cognição e linguagem.

Surgimento da IA: o nascimento do termo inteligência artificial

Em 1956, na conferência de Dartmouth, John McCarthy e colegas como Marvin Minsky, Nathaniel Rochester e Claude Shannon reuniram cientistas para discutir como máquinas poderiam simular aspectos da inteligência humana. Foi ali que o termo artificial intelligence foi oficializado.

O encontro deu início ao entusiasmo de que a IA resolveria grandes desafios rapidamente. No entanto, limitações tecnológicas, como a baixa capacidade de processamento e memória dos computadores da época, frearam as expectativas. Esse período ficou conhecido como “inverno da IA”, quando o interesse e os investimentos caíram.

Ao mesmo tempo, o tema florescia na cultura pop. Filmes e obras literárias começaram a explorar as implicações filosóficas e sociais de máquinas pensantes — um reflexo da distância entre a ciência prática e a imaginação criativa.

IA na cultura pop

A cultura pop deu corpo a fantasias e medos que, a ciência ainda não conseguia realizar:

  • 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968): HAL 9000 simboliza o medo de perder o controle sobre uma máquina racional.
  • Westworld (1973): levanta o dilema da convivência com androides quase indistinguíveis dos humanos.
  • Blade Runner (1982): questiona o que significa ser humano diante de replicantes que possuem memórias e sentimentos.
  • O Exterminador do Futuro (1984): dramatiza o risco de uma IA autônoma dominar a humanidade.
  • A.I. – Inteligência Artificial (2001): coloca o foco na dimensão emocional, ao imaginar máquinas capazes de sentir.

Essas narrativas não apenas entretiveram, mas também moldaram a forma como a sociedade passou a enxergar os limites e riscos da IA.

Pessoa apresentando plano de orçamento em quadro branco durante reunião.

Desenvolvimento da IA ao longo do tempo

Na década de 1990, o avanço do hardware reabriu caminho para conquistas práticas. Um marco foi a vitória do Deep Blue da IBM sobre Garry Kasparov em 1997, mostrando que máquinas podiam superar humanos em raciocínio estratégico.

Em 2016, o AlphaGo da DeepMind derrotou Lee Sedol, campeão mundial do jogo Go, que possui muito mais combinações possíveis que o xadrez. Foi uma prova de que algoritmos de aprendizado profundo podiam lidar com a intuição e a complexidade.

Hoje, o acesso se democratizou: ferramentas como ChatGPT e Midjourney estão nas mãos do público, aplicadas em tarefas que vão de responder perguntas a criar textos, imagens e até códigos de software.

Avanços tecnológicos da IA

Os avanços atuais da IA, só foram possíveis porque outras áreas evoluíram em paralelo:

  • Aprendizado de máquina e deep learning: permitem que máquinas aprendam padrões de dados em vez de seguir apenas instruções explícitas.
  • Processamento de linguagem natural (PLN): possibilita que computadores entendam, interpretem e gerem linguagem humana com fluidez.
  • Visão computacional: sistemas capazes de reconhecer rostos, objetos e padrões em imagens e vídeos.
  • Robótica e automação: unem IA a sensores e atuadores físicos, permitindo máquinas que agem no mundo real.

Esses pilares sustentam desde diagnósticos médicos por imagem, até veículos autônomos e chatbots de atendimento.

Impacto da IA na sociedade

O impacto da IA é sentido em várias dimensões:

Impacto no ambiente de trabalho

Estudos da OCDE estimam que até 27% dos empregos em países desenvolvidos podem ser automatizados. Tarefas repetitivas tendem a ser substituídas, enquanto novas profissões surgem na área de dados, ética e supervisão de IA. O desafio é equilibrar eficiência produtiva com inclusão social.

Impacto artístico

Ferramentas como Midjourney e DALL·E geraram debates sobre autoria e direitos autorais. A capacidade de replicar estilos artísticos levantou questões éticas: até que ponto a IA está criando algo novo, ou apenas recombinando trabalhos humanos sem consentimento?

Impacto na segurança das informações

IA depende de dados — e muitos deles são pessoais. Isso coloca em debate quem controla, protege e usa essas informações. Questões como privacidade digital, manipulação de opinião pública e uso indevido de dados estão entre os maiores desafios regulatórios.

Exemplos de inteligência artificial

Hoje, temos acesso a várias aplicações já consolidadas:

  • ChatGPT (OpenAI): modelos de linguagem generativa usados para conversas, criação de textos e assistência em tarefas.
  • Midjourney: geração de imagens a partir de descrições em texto.
  • Bard (Google): rival do ChatGPT, integrado aos serviços da empresa.
  • LLaMA e SAM (Meta): avanços em modelos de linguagem e reconhecimento de imagens.
  • Auto-GPT: agentes autônomos que usam GPT para executar tarefas de forma contínua.
  • DALL·E (OpenAI): criação e edição de imagens com base em descrições em linguagem natural.

O avanço da inteligência artificial, que deixou de ser um experimento restrito a laboratórios e hoje está acessível a qualquer pessoa com conexão à internet, também transformou a forma como empresas gerenciam programas de fidelidade. 

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